Escrito por: Sintep/MT

Estudos apontam desigualdade salarial entre homens e mulheres



Dados evidenciam falta de uma política mais efetiva para gerar igualdade de gênero no Brasil 

Serão necessários 87 anos para igualar salários de homens e mulheres. A conclusão pertence ao estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado nesta terça-feira (16), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados evidenciam a falta de uma política mais efetiva para gerar igualdade de gênero no Brasil.  

O estudo mostra que diminui a desigualdade entre homens e mulheres no Brasil, mas aponta para uma aceleração do ritmo de implementação das políticas.  Uma pesquisa divulgada pelo grupo Catho mostra que no ano de 2005 a diferença salarial entre os gêneros era de aproximadamente 52% a mais para o salário dos homens.

Já em 2007, a desigualdade subiu para mais 75%. Uma pesquisa anterior chamada “Visão do Desenvolvimento”, divulgada em 2006, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já apontava para esta disparidade. Na publicação constava a informação de que somente no ano 2081, homens e mulheres teriam salários iguais.  A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que não só no Brasil, mas no mundo, aproximadamente 52% das mulheres têm empregos vulneráveis, ou seja, trabalham por conta própria ou são trabalhadoras auxiliares ou familiares.