Escrito por: CUT-MG

Direito legítimo de greve

Centrais e movimentos sociais manifestam apoio aos trabalhadores em educação de Minas Gerais  

As centrais sindicais e osmovimentos sociais de Minas Gerais manifestam oseu apoio e solidariedade à greve dos trabalhadores em educação do estado, bemcomo o seu repúdio às constantes intervenções do Poder Judiciário sobre asmobilizações e greves do movimento sindical. Assim como ocorreu com osRODOVIÁRIOS (TRT - 3ª Região), que realizaram um movimento legítimo e dentrodas determinações legais, os TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA REDEMUNICIPAL DE BH e os FUNCIONÁRIOS DO IPSEMG foram intimados a suspender suasparalisações e seus sindicatos multados pelo TJMG, num flagrante abuso contra aliberdade e autonomia sindical dos trabalhadores.

 

A intervenção judicial na  greve dos Trabalhadores eTrabalhadoras em Educação da Rede Pública do estado de Minas Gerais é mais umcapítulo do escandaloso ataque à autonomia e à liberdade de organizaçãosindical.  O momento exige solidariedade de toda a classe trabalhadora.Pelo Brasil afora, notamos que a Justiça, acionada pelos patrões e governoscomete desmandos, ao não mediar e arbitrar os conflitos coletivos do trabalho.

 

O governador do estado Antonio Anastasia (PSDB) também mostrou aque veio. O poder executivo solicitou à Justiça que determinasse a ilegalidadedo movimento grevista.

 

São mais que justas as reivindicações apresentadas peloSind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública doEstado de Minas Gerais) a exemplo da regulamentação do piso salarial dos R$850.00 para R$ 1312.85 por 24 horas de trabalhos semanais.

 

A greve dos trabalhadores da educação estadual guarda profundarelação com a greve dos professores do setor privado, e também com a greve darede pública municipal de BH. Greve é o último recurso dos trabalhadores,quando não há possibilidade de diálogo se transforma na única forma deresistência. Em todos os casos, fica patente o descaso dos governos em promovere valorizar a educação pública.


Os profissionais têm o direito e o DEVER de resistir ao sucateamento e à transformação da educação emmercadoria.

 

Toda solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras em Educaçãoda rede pública estadual. Nosso repúdio à intervenção de Antonio Anastasia e aodesserviço prestado pelo Desembargador Wander Marotta da 7ª Vara Cível de BH emestabelecer uma multa diária de 10 mil por dia, até o limite de 500 mil reais,caso a greve continue. Ao Sind-UTE e à categoria, nosso apoio e parabéns pelacoragem de não interromper o movimento grevista. Não podemos nos render às açõesantissindicais e à ofensa institucionalizada ao direito constitucional degreve. Somente com a solidariedade daclasse trabalhadora vamos contornar esse difícil momento!

 

AsCentrais Sindicais e os movimentos sociais estão ao lado dos trabalhadores até a vitória e neste sentidosolicitarão uma audiência com o Presidente da TJMG para esclarecer a relaçãoque o poder judiciário está estabelecendo com o movimento sindical.

- Pelodireito de greve!

- Pelaabertura imediata de negociações entre o governo do estado e os grevistas!

- Peloatendimento à pauta de reivindicações da educação!

- Pelavalorização dos servidores e em defesa de serviços públicos de qualidade!

 

CUT – CTB – CGTB – NCST – UGT - CONLUTAS

 

Belo Horizonte 5 de Maiode 2010.