Escrito por: CUT-DF
Boas vindas às delegações foram feitas na Praça Bolívar, em homenagem ao 230º aniversário de nascimento de Simón Bolívar
Cerca de 300 representantes de movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicais, partidos políticos e Comitês em Defesa da Revolução, de 36 países, participaram do VII Encontro Continental de Solidariedade à Cuba, realizado na Cidade de Caracas (Venezuela), de 23 a 27 de julho. O secretário de Política Social da CUT-DF, Ismael César, participou do encontro e lembrou que a solidariedade à Cuba é a forma mais eficaz de manter vivo o socialismo e implantá-lo na busca de justiça social nos países latino-americanos e caribenhos.
"Cuba, em que pese o brutal cerco imposto pelos Estados Unidos através do embargo econômico, é sinônimo de solidariedade e dignidade e tem servido a todos os povos sem pedir absolutamente nada em troca. Apesar de todas as dificuldades, a ilha de Fidel tem mantido o socialismo e continua sendo referência em toda o mundo nas áreas de educação e saúde, eliminando de sua população carências básicas que atingem diversos países em todo o mundo. Saio deste Encontro ainda mais convicto de que o caminho para a emancipação da classe trabalhadora passa necessariamente pelo combate, sem tréguas, ao sistema capitalista, que valoriza a opressão do homem pelo homem, tornando a sociedade cada dia mais desigual e brutalizada", discursou Ismael César durante o encontro na Venezuela.
As boas vindas às delegações foram feitas na Praça Bolívar, em homenagem ao 230º aniversário de nascimento de Simón Bolívar, libertador nas guerras de independência na América Latina. O presidente da União Nacional de Escritores e Artistas de Cuba, Miguel Barnet, lembrou a inigualável trajetória de Bolívar e sua importância para a integração dos países da América Latina e do Caribe.
"Sonhar juntos"
Na abertura do Encontro, o vice presidente da Venezuela, Jorge Arriaza, afirmou que, para os cubanos, o termo solidariedade "não é compartilhar o que sobra e sim o que se tem". Segundo o representante do governo cubano, a ilha tem demonstrado ações firmes de solidariedade em todo o mundo, em particular em regiões mais necessitadas, como é o caso do Haiti.
Arriaza ainda lembrou que o maior entusiasta da parceria entre Venezuela e Cuba, Hugo Chávez, completaria 59 anos no dia 28 de julho, e relembrou a célebre frase dita pelo ex-presidente venezuelano: "Venezuela e Cuba tem aprendido a sonhar juntas". O vice-presidente cubano disse que a Venezuela continuará fortalecendo a amizade com Cuba e desenvolvendo solidariedade com as famílias dos cinco heróis cubanos presos injustamente nos Estados Unidos.
Jorge Arriaza também rechaçou as recentes ameaças contra o presidente da Bolívia, Evo Morales, qualificando as ações como uma amostra do medo pela verdade, revelada pelo ex agente da CIA, Edward Snowden.
Encontro mundial
O encontro abordou temas como o fortalecimento das ações contra o bloqueio e a política dos Estados Unidos contra Cuba; a batalha pela libertação dos cinco heróis cubanos presos injustamente nos EUA; a solidariedade e integração latino-americana e caribenha; a desinformação sobre a realidade cubana (utilização dos meios alternativos e das novas tecnologias como combate à desinformação); a revolução bolivariana e o legado de Hugo Chávez.
Em clima de euforia e entusiasmo, foi lida e aprovada a declaração final do VII Encontro Continental de Solidariedade à Cuba, que reforça o sentido da solidariedade entre os povos; a defesa das conquistas e soberania dos países latino-americanos e caribenhos; a revolução bolivariana em curso na Venezuela; a defesa da revolução cubana; além de preparar as bases para o Encontro Mundial de Solidariedade à Cuba, que será realizado em Havana, em outubro de 2014. O encontro foi finalizado com uma vigília noturna no quartel de la Montaña, em homenagem a Hugo Chavez.