Escrito por: Redação CUT

CUT dá voz ao trabalhador na agenda climática do país

Para secretária, fazer parte da Câmara de Participação Social do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima é estratégico para assegurar a Transição Justa

Foto Cadu Gomes / Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

A CUT foi escolhida para integrar a Câmara de Participação Social do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CPS-CIM). A entrada ocorreu após processo seletivo conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência da República.

Para Rosalina Amorim, dirigente da Central, a participação sindical no debate climático é estratégica para assegurar uma Transição Justa.
“Defendemos que o Estado seja indutor de uma transformação econômica e social que reduza emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, promova justiça social. O Brasil tem condições de se tornar referência global em transição energética justa, com geração de empregos decentes”, afirmou.

O Comitê Interministerial é hoje o principal órgão de governança climática do país. Reúne representantes de 23 ministérios, coordena iniciativas interministeriais e acompanha a execução das políticas estabelecidas pela Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

A Câmara de Participação Social funciona como espaço de diálogo entre o governo federal, sociedade civil e movimentos organizados. A presença da CUT busca aproximar a pauta ambiental das demandas da classe trabalhadora, em articulação com outras organizações sociais.

O que são as Câmaras consultivas

O governo federal instalou na última quarta-feira, 10/09, três câmaras consultivas para apoiar tecnicamente o Conselho Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), instância responsável pela governança climática nacional. O objetivo é ampliar a articulação entre União, estados, municípios, sociedade civil e comunidade científica na construção de uma política climática de caráter multissetorial.

As novas estruturas criadas são: Câmara de Articulação Interfederativa (CAI), Câmara de Participação Social (CPS) e Câmara de Assessoramento Científico (CAC) e foram lançadas durante o seminário “A governança climática que o Brasil precisa”, com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Elas terão caráter técnico e consultivo, com foco em temas estratégicos para a implementação do Plano Clima.

Segundo o secretário de Mudança do Clima do MMA, Aloisio Melo, a iniciativa fortalece a integração de diferentes perspectivas no combate à crise ambiental. “São espaços dedicados ao monitoramento, avaliação e proposição do Plano Clima, além da coordenação entre setores e níveis de governo para acelerar a descarbonização e ampliar a resiliência diante dos impactos da emergência que estamos vivendo”, afirmou.

A diretora do Departamento de Governança Climática do MMA, Ana Paula Machado, destacou que a criação das câmaras reflete a compreensão de que o enfrentamento da crise exige engajamento coletivo. “A efetividade da política climática depende da participação de toda a sociedade, para que as estratégias previstas no Plano Clima dialoguem com a realidade brasileira”, disse.

Com informação do site www.gov.br