Escrito por: Condsef
Em reunião do grupo de trabalho (GT), nesta quinta-feira ('13), que trata pauta dos servidores anistiados e reintegrados, a Condsef cobrou do governo uma resposta à pauta da categoria, apresentada em janeiro (veja aqui). Mais uma vez o governo disse que ainda avalia os pontos para dar um retorno aos servidores. Na reunião a Condsef ainda apresentou uma proposta de tabela que altera a estrutura remuneratória dos servidores anistiados de todos os níveis (Superior, Intermediário e Auxiliar) com base na tabela geral do PGPE. Este é um primeiro movimento em busca da implantação de uma tabela única para o setor que possa também acompanhar a demanda de equiparação com a Lei 12.277/10, demanda da maioria dos servidores do Executivo. Uma nova reunião do GT foi agendada para o dia 20 de março.
Frente às dificuldades que os processos de negociação com o governo vêm encontrando, a Condsef volta a repetir que a mobilização e unidade da categoria serão o diferencial para que os servidores consigam avanços no atendimento de sua pauta de reivindicações. Isso inclui o cumprimento de acordos firmados e ainda pendentes. A estagnação dos diálogos é um agravante. Basta ver que a primeira e única vez em que representantes dos servidores foram recebidos pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, foi logo depois de sua posse, ainda no início do governo da presidenta Dilma Rousseff. A categoria nunca foi recebida pela presidenta.
Movimentos de massa – Para a Condsef está claro que a pressão dos trabalhadores é determinante para que a categoria tenha sua voz ouvida. Basta ver que representantes do MST (Movimento Sem Terra) conseguiram uma audiência com a presidenta Dilma depois de uma marcha que levou mais de 15 mil trabalhadores do campo às ruas em Brasília nesta quarta, 12. Esta atividade deve servir de incentivo aos servidores federais unidos em torno de uma campanha salarial unificada que, por falta de avanços, possui essencialmente as mesmas bandeiras de luta dos últimos anos.
A orientação de todas as entidades é promover assembleias por local de trabalho a partir desse mês para discutir os rumos da campanha salarial e definir a necessidade de deflagrar uma greve geral pelo atendimento de demandas urgentes, incluindo aí acordos firmados e ainda não cumpridos pelo governo. O fórum nacional em defesa dos servidores e serviços públicos volta a se reunir no dia 18 de março. As entidades também estudam a realização de mais um ato, uma grande marcha também não está descartada.
Greve geral – O consenso é de que é preciso preparar a categoria para definir o início de uma greve caso os avanços esperados no processo de negociação não aconteçam. Algumas categorias já estão com indicativos apontados. É o caso dos técnicos das universidades com indicativo de greve aprovado para o dia 17 de março. A base da Condsef, que representa 80% dos servidores do Executivo, também aprovou indicativo de greve para março. A Confederação realiza uma plenária nacional no dia 20 de março onde a greve será tema de destaque.