Escrito por: Leonardo Severo
TeleSul denuncia que ativismo
A CIA financia o “ativismo” da mercenária cubana Anna Ardim, que junto à “amiga” sueca Sophia Wilén, denunciou à polícia da Suécia o fundador do Wikileaks, Julian Assange, por “crimes sexuais”. Entre os supostos “crimes” apontados pela dupla está o de Assange ter mantido relações sexuais com as duas na mesma semana - o que, na Suécia, é ilegal.
Em função desta acusação – somada à de que ele teria forçado a ter relações sem camisinha - foi decretada a prisão de Assange e desencadeada uma intensa campanha midiática com o propósito de impedir a divulgação feita pelo Wikileaks das centenas de milhares de mensagens secretas que comprovam o envolvimento das embaixadas dos EUA em ações criminosas pelo mundo afora.
As peças começaram a se encaixar com mais precisão na última terça-feira quando a rede de TV TeleSul demonstrou que Anna é mais uma “colaboradora" da CIA. Em 2010 ela já havia postado em seu blog na internet um "guia para se vingar" de alguém usando denúncias de abusos sexuais, antecipando a receita com que incriminou Assange.
O fundador do Wikileaks alerta que a armação é mais do que grosseira e faz parte de uma “campanha política” direcionada a encobrir a divulgação, gravada e documentada, das práticas do governo estadunidense e de seus aliados.
O annaardin.wordpress.com faz referências a outros blogs como Generación Y (de Yoani Sánchez) e Desde Cuba, ambos de mercenários cubanos, aponta a TeleSul. Ardin foi colaboradora da organização contrarrevolucionária “Damas de Branco”, sendo ligada ao mercenário “anti-castrista” Carlos Alberto Montaner. Ela escreve para websites financiados pela USAID (agência dos Estados Unidos para empréstimos a países subdesenvolvidos) e controlados pela CIA, como o Misceleanas de Cuba. Montaner chegou a ser preso na Ilha nos anos 60 por trabalhar em operações de sabotagem para a CIA, tendo se asilado posteriormente na Espanha sob o regime franquista.
A “ativista feminina” está ligada ainda ao secretário geral das juventudes democrata-cristãs da Suécia, Jens Aron Modig, companheiro de viagem do dirigente das Novas Gerações do Partido Popular, Ángel Carromero, detido recentemente em Cuba após o acidente automobilístico em que morreu o dissidente cubano Osvaldo Payá, sem que ocorresse nada aos outros dois passageiros. Conforme relatos de outro dissidente, Manuel Cuesta Muroa, Anna Ardin visitou a Ilha antes de Jens Modig com os mesmos objetivos: estimular e financiar a criação de focos de oposição ao regime, com contribuições iniciais de quatro mil euros.