Escrito por: CUT Brasil, com informações do Suprema; de Déborah Lima, da Confetam/CUT e do jornal O Povo Online
Movimento conquistou Plano de Cargos, Carreira e Remunerações (PCCR) em 2018 e fez Prefeitura recuar de multas e punições .
Depois de 48 dias parados, as professoras e professores de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), arrancaram da Prefeitura suas principais reivindicações e colocaram fim à greve. O Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema) conseguiu estabelecer um acordo com a Prefeitura, em reunião ocorrida na manhã desta sexta-feira (17), no Palácio Antônio Gonçalves, sede do Executivo. Estavam presentes a presidente do Suprema, Joana D’Arc Ferreira Lopes, e a diretora de Formação Sindical e presidente da Confetam/CUT, Vilani de Sousa Oliveira; além do prefeito Firmo Camurça e do secretário de Educação, Marcelo Farias.
Entre os pontos negociados estão a restituição dos salários e dos vales transporte e alimentação até terça feira (21); renúncia, pela Prefeitura, da multa aplicada ao Sindicato Suprema, no valor de R$ 470 mil; desistência do processo administrativo ou qualquer retaliação aos grevistas e revisão da lei que reduziu os vales transporte. Além desses itens, a principal conquista foi o compromisso do Executivo municipal de implantar a partir de março de 2018 a progressão do Plano de Cargos, Carreira e Remunerações (PCCR), conforme aprovado pela Lei 2.567/2016, considerando um impacto máximo de 0,5% (meio por cento) do total da folha de pagamento da educação municipal.
Na terça-feira (14), a Câmara Municipal de Maracanaú, ocupada pelo movimento grevista, foi palco de um emocionante Ato Público de solidariedade, retratada no vídeo abaixo. Participaram, além da direção do Suprema e lideranças políticas; a presidenta da Fetamce (Federacao dos Trabalhadores no Servico Publico Municipal do Estado do Ceará), Enendina Soares; a presidenta do Sindsep Caucaia, Maria Santos; o presidente do Sintsep Umirim, Barroso de Paulo; e o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CBNM/CUT), Paulo Cayres.
O fim da greve foi deliberado por unanimidade em Assembleia Geral da categoria, realizada à tarde. A categoria também decidiu encerrar a ocupação da sede da Câmara Municipal, que já durava 15 dias. Os educadores vão retornar às aulas na próxima segunda-feira, 20, estabelecendo seus calendários de reposição de aulas.
A Prefeitura emitiu uma nota em que confirma que “não haverá processo administrativo disciplinar contra qualquer professor em razão da greve”. Confirmou também a devolução integral, até 21/11, dos valores descontados dos salários, auxílio-transporte e vale-transporte, correspondentes ao período entre 3 e 20 de outubro.