Escrito por: Fabio M Michel, da RBA
Já são 188.269 vítimas do novo coronavírus desde o início da pandemia. Fiocruz prevê entrega de vacinas para fevereiro e Pazuello diz que governo inicia 2021 com vacina, “se Deus quiser”
O Brasil registrou oficialmente mais 968 mortes por covid-19 em um período de 24 horas, segundo boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) desta terça-feira (22). Já são 188.269 vítimas do novo coronavírus desde o início da pandemia, em março. Também foram notificados 55.202 novos casos no período, elevando o total de infectados no país a 7.318.821 ocorrências.
Com os novos registros, a média móvel de infectados – que soma os casos dos últimos sete dias e divide por sete – chega a 49.827 registros. O resultado é o maior em toda a história do coronavírus no Brasil. No pior período da pandemia no país até agora, entre julho e agosto, o máximo alcançado foi de 46.536 novos casos por dia em média.
Do mesmo modo, a média móvel de casos fatais alcançou nesta terça a marca de 780, pior resultado em mais de três meses.
Na mais recente da chamada semana epidemiológica– de 13 a 19 de dezembro –, o país registrou o número mais alto de contaminados para o período de sete dias desde os primeiros casos. Foram 320.591 novos infectados no intervalo. O número é superior maior pico de notificaçãoes do auge da pandemia, registrado na semana de 19 a 25 de julho, que foi de 319.389 infectados oficialmente registrados.
Além dos atuais números já serem muito elevados, segundo o Ministério da Saúde, no domingo (20) havia mais de 800 mil pacientes em observação, cenário que só foi registrado três vezes no Brasil até então.
Também nesta terça-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que prevê entregar a vacina da AstraZeneca ao Ministério da Saúde a partir do dia 8 de fevereiro. Em audiência sobre a pandemia realizada pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados, a presidenta da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou que a entidade está preparada para entregar duas milhões de doses do imunizante até o fim daquele mês. “Nós estaremos recebendo ingrediente farmacêutico ativo para o início da produção no mês de janeiro”, explicou a pesquisadora.
Ela ressaltou, porém, que a vacina ainda aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nísia explicou que a fabricação “terá de ser certificada pela Anvisa, além do próprio registro que a AstraZeneca entrará com o pedido, e nós estaremos então, a partir desse processo, entregando”.
Em participação rápida no evento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o governo caminha para ter acesso a diversos imunizantes. Segundo ele, o poder público se prepara para iniciar 2021 com vacina, “se Deus quiser”. Ainda nas palavras do ministro, “Previsão nossa, como sempre, é final de janeiro, na melhor hipótese, indo até meio de fevereiro, final de fevereiro na pior hipótese”.