Escrito por: Sindicato dos Bancários de Osasco e Região

Bancários de São Paulo ironizam...

O "casamento" entre Itaú eUnibanco será tema de ato lúdico que o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Regiãorealiza nesta quarta (24), às 12h, no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic);com direito a lembrancinhas e tudo mais. O Ceic fica na estação Conceição doMetrô.


A fusão dos bancos foi anunciada em 3 de novembro de 2008 e, desde então, oenlace tem rendido frutos para as duas empresas, para os altos executivos eacionistas. Para se ter idéia de como o "matrimônio" foi bom paraesse público, basta verificar que o lucro líquido ajustado subiu de R$ 17bilhões, em 2008, para R$ 35 bilhões, em 2009.


Neste ano, os dividendos dos acionistas aumentaram de 25% para 33% do lucro. Ea PLR dos altos executivos entre 2008 e 2009 passou de R$ 121 milhões para R$225 milhões.


Revolta
Na contramão desses excelentes resultados, a PLR dos funcionários caiu de 2,2salários no ano passado para 1,8 salário, num ano em que o banco ganhou com aisenção tributária, que passou de R$ 300 milhões para R$ 500 milhões. "Sóesse valor já seria suficiente para pagar a PLR de 2,2 salários paratodos", diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.


Além disso, a fusão resultou em vários outros problemas. Há diferençassalariais entre pessoas nas mesmas funções, setores com três funcionários numespaço para dois e, na outra ponta, departamentos perdendo prazos por falta depessoas.


"Tudo isso está deixando os funcionários muito descontentes com afusão", relata Marcolino, destacando a ampliação da mobilização, que jácontou com atos em importantes concentrações.


"Para piorar, o banco lançou o Prad (Programa de Remuneração por AltoDesempenho) sem consultar o Sindicato e sem critérios objetivos. O gestor vaidefinir quem deve receber", conta Marcolino.


"Não adianta criar novos programas. O banco tem de pagar os 2,2 saláriospara todos e resolver os diversos problemas causados pelo casamento entre Itaúe Unibanco. Isso sim demonstraria a valorização dos bancários que até agoraestão pagando caro pela fusão."