Bancários da Paraíba paralisam atividades do BB da Praça 1817

 

O Sindicato dos Bancários da Paraíba vai realizar um ato público em frente ao edifício do Banco do Brasil na Praça 1817, a partir das 9h, desta quarta-feira, 11 de junho, com retardamento da abertura do expediente ao público em uma hora. O protesto segue a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que está organizando uma greve nacional de 24 horas no BB, no dia 25 deste mês.

 

Apesar dos protestos em todo o País, contra as condições de trabalho e atendimento no BB, a direção do banco se recusa a levar a sério as reivindicações para acabar com essa situação em um banco público. Em João Pessoa, os bancários já realizaram protestos na Agência Tambaú (28 de maio), na Superintendência Estadual e na Agência Epitácio Pessoa (5 de junho), com retardamento na abertura do expediente.

 

Mesmo tendo recebido a representação dos bancários na última sexta-feira, 6, a direção do BB rejeitou praticamente todas as reivindicações dos funcionários, apresentadas: a convocação dos aprovados no concurso de 2006, o fim do projeto de extinção dos caixa-executivos, a volta de substituição de funções, e o fim do assédio moral e das metas abusivas.

 

“Na festa de seus 200 anos o BB desconsidera a clientela e os funcionários. Os clientes são brindados com atendimento precário e os funcionários com sobrecarga de serviço, alem de cobrança de metas abusivas junto à clientela. Ou seja, a filosofia é o lucro pelo lucro, contrariando a função social que deve ter um banco público”, criticou Francisco de Assis Chaves (Chicão), diretor do Sindicato e funcionário do banco.

 

A redução do quadro funcional e do número de caixas executivos, a extinção de outras funções, a terceirização de serviços estratégicos, a ausência de responsáveis, a prática de barrar o acesso de clientes e usuários às agências são alguns fatores que têm contribuído para a precarização do atendimento ao público, submetendo a clientela a um tratamento indigno. E bom lembrar que os funcionários, assim como os clientes, são também vítimas desse processo selvagem de busca pelo lucro, portanto, não devem ser desrespeitados pela clientela. 

 

E por isto que os bancários estão realizando as paralisações de advertência, cumprindo o calendário de atividades comandadas pela Contraf-CUT, sensibilizando a sociedade e mobilizando a categoria para reverter essa situação e trazer o Banco do Brasil para uma atuação adequada a um banco publico, que pertence a todos.