Escrito por: Redação CUT

AO VIVO: Acompanhe CPI da Covid que apura ações e omissões de Bolsonaro na pandemia

 Depois das mentiras do o ex-secretário de Comunicação Social do governo, ameaças de prisão feitas por Renan Calheiros e barraco de Flávio Bolsonaro, CPI ouve nesta quinta ex-presidente da Pfizer. Acompanhe

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações e omissões do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), ouve nesta qujinta-feira (13), o depoimento do ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, uma das famaceuticas que produzem vacina contra a Covid-19.

O executivo comandava a representação brasileira da empresa farmacêutica norte-americana no Brasil quando se iniciaram as negociações com o governo brasileiro para a compra de vacinas. A primeira çproposta enviada pela empresa foi engavetada pelo govenro durante pelo menos dois meses, como disse em depoimento nesta quarta-feira (16), o ex-secretário de Comunicação Social do governo, Fabio Wajngarten, que protagonizou cenas constrangedoras de mentiras e foi ameaçado de prisão pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Fabio Wajngarten negou afirmações feitas a revista Veja de que o ex-ministro da Saúde, o general eduardo Pazuello, foi incompetente e por isso não comprou vacinas da empresa. A revista publicou áudio confirmando a afirmação.

Mas, ele confirmou que o contato da Pfizer com autoridades brasileiras, ocorrido em 12 de setembro, ficou sem resposta da Presidência da República e do Ministério da Saúde. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se reuniu com a direção da Pfizer no Brasil no dia 22 de fevereiro. Isso foi numa videoconferência junto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). E constatou que o governo só aderiu à vacina da empresa no dia seguinte a essa reunião, 23 de fevereiro, após a direção da Pfizer convencer o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Membros da CPI acreditam que, se o governo tivesse aderido à proposta da Pfizer já em setembro, muitas vidas poderiam ter sido salvas pela vacinação antecipada.

Barraco na CPI

A sessão da CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12) terminou em bate-boca entre os senadores Renan Calheiros e Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Flavio chamou Renan de “vagabundo”. Renan respondeu: “Vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”, disse se referindo ao esquema das rachadinhas no gabinete do filho do presidente quando ele era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Flavio não é membro da CPI, não fez qualquer fala durante o depoimento, se limitou a tumultuar a sessão no final.

Quem vai à CPI da Covid

Quinta-feira (13) – Carlos Murillo, que ocupou o cargo até fevereiro.

18/5 – Ex-Ministro da Relações Exteriores Ernesto Araújo.

19/5 – Ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.

20/5 – Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde. Ficou conhecida como “Capitã Cloroquina” pela campanha para forçar médicos do Amazonas a usar este e outros medicamentos.

25/5 – Dimas Covas, diretor do Instituto Butantã, que distribui a vacina Coronavac.

26/5 – Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, parceira da AstraZeneca.

27/5 – Fernando Marques, presidente da União Química, que aguarda liberação para iniciar produção da Sputnik V.

Com informações da Agência Senado.

 Redação: Marize Muniz